A semana da leitura
“Manhãs e tarde de leitura – Maratona da leitura”
foi fantástica.
Para que não pôde estar presente
ou quiser reviver esses momentos para além das fotos e vídeos que já publicámos
pode ler aqui os textos com que fomos brindados pela comunidade educativa.
Semana da Leitura na EB 2,3/S
Cunha Rivara - Arraiolos
#hojeleitoramanhãleitor #PNL2027
#Arraiolos #LER #semanadaleitura
11 th March 2019
6th A
Reading in English...
The Oxford Bookworms Library -
Starter, 250 headwords...
Classics, Human Interest, Fantasy
and Horror, Crime and Mystery...
I believe that creating good
readers is essential for the individual's academic as well as personal.
11 de março de 2019
6th A
Lendo em inglês...
A Biblioteca de Oxford gostam -
entrada, 250 dos...
Clássicos, interesse humano,
fantasia e horror, crime e mistério...
Eu acredito que criar bons
leitores é essencial para o acadêmico individual, bem como pessoal.
12 março 2019
Carla Cândido Com a leitura do poema " na hora de pôr a mesa,
éramos cinco" de José Luís Peixoto emocionaste o público... é isso mesmo
que se pretende com estas partilhas...muito obrigada por teres aceite o
desafio!
"na hora de pôr a mesa,
éramos cinco
na hora de pôr a mesa, éramos
cinco:
o meu pai, a minha mãe, as minhas
irmãs
e eu. depois, a minha irmã mais
velha
casou-se. depois, a minha irmã
mais nova
casou-se. depois, o meu pai
morreu. hoje,
na hora de pôr a mesa, somos
cinco,
menos a minha irmã mais velha que
está
na casa dela, menos a minha irmã
mais
nova que está na casa dela, menos
o meu
pai, menos a minha mãe viúva. cada
um
deles é um lugar vazio nesta mesa
onde
como sozinho. mas irão estar
sempre aqui.
na hora de pôr a mesa, seremos
sempre cinco.
enquanto um de nós estiver vivo,
seremos
sempre cinco."
José Luís Peixoto, in 'A Criança em Ruínas'
O pai Hugo Ferreira (5ºB) leu de
forma emocionante um resumo do livro "Fernão Capelo Gaivota" de
Richard Bach.
“Para a maioria, o importante não
é voar, mas comer. Para esta gaivota, contudo, o importante não era comer, mas
voar. Antes de tudo o mais, Fernão Capelo Gaivota adorava voar”.
p. 15
Este livro relata a história de
uma gaivota que quebrou todas as barreiras porque queria voar até o infinito.
Essa gaivota recusou-se a aceitar a imposição de que era limitada. Ignorou o
espírito do bando e treinou incansavelmente, perseguindo o seu sonho maior..
D. Nilsa Gotine Carona, mãe da
Maria Pondja e do José Miguel, leu um conto moçambicano em xitswa e depois
traduziu-o para português. O conto prendeu a atenção de todo o público... foi
um momento muito especial e uma oportunidade única para estarmos em contacto
com outra cultura. Ainda bem que aceitou o desafio!
5º B:
Os alunos cantaram e tocaram
instrumentos acompanhados pelo professor de música Ricardo Matos - “A Balada do
Desajeitado” – D.A.M.A.
Os alunos leram poemas do livro
“Pó de Estrelas” de Jorge Sousa Braga.
Foi feita uma leitura em russo
pelo aluno Alexandre Fomichov.
Que leitura fantástica Alexandre
e que linda ilustração!
A professora Mónica Rebocho leu um poema de sua autoria "Feitos" e
“Lágrima de Preta” de António Gedeão.
Feitos...
Sala escura
Calor latente
Num Alentejo profundo
E transparente
Olhos brilhantes
Presos no tempo
Corações transbordantes
Com os seus feitos
Filhos são raízes
Presas à Alma
Jamais se soltam
Para quem os ama
O orgulho é a palavra
Que espelha a felicidade
De quem tem filhos e os ama
Para a eternidade
Preocupações para trás
Amor intenso
Espelham minh’ alma
Com cheiro a incenso
Quem dera que os filhos, não nos
dessem percalços
Como se nós os tivéssemos
nos nossos regaços...
Mónica Rebocho
20-07-2017
Lágrima de preta
Encontrei uma preta
que estava a chorar,
pedi-lhe uma lágrima
para a analisar.
Recolhi a lágrima
com todo o cuidado
num tubo de ensaio
bem esterilizado.
Olhei-a de um lado,
do outro e de frente:
tinha um ar de gota
muito transparente.
Mandei vir os ácidos,
as bases e os sais,
as drogas usadas
em casos que tais.
Ensaiei a frio,
experimentei ao lume,
de todas as vezes
deu-me o que é costume:
Nem sinais de negro,
nem vestígios de ódio.
Água (quase tudo)
e cloreto de sódio.
A professora Paula Gaspar leu “A Forma Justa” de Sophia de Mello Breyner
Andresen.
“ 'O Nome das Coisas', livro onde
aparece este poema “A Forma Justa”, é um livro que reflecte o momento histórico
do 25 de Abril – nele acompanhamos, em poemas, o pensamento de uma mulher que,
ao abrir os olhos, nos alonga os horizontes; é nele que aparece a madrugada que
eu esperava/O dia inicial inteiro e limpo."
https://www.comunidadeculturaearte.com/a-forma-justa-de-so…/
A Forma Justa
Sei que seria possível construir
o mundo justo
As cidades poderiam ser claras e
lavadas
Pelo canto dos espaços e das fontes
O céu o mar e a terra estão
prontos
A saciar a nossa fome do
terrestre
A terra onde estamos — se ninguém
atraiçoasse — proporia
Cada dia a cada um a liberdade e
o reino
— Na concha na flor no homem e no
fruto
Se nada adoecer a própria forma é
justa
E no todo se integra como palavra
em verso
Sei que seria possível construir
a forma justa
De uma cidade humana que fosse
Fiel à perfeição do universo
Por isso recomeço sem cessar a
partir da página em branco
E este é meu ofício de poeta para
a reconstrução do mundo
Sophia de Mello Breyner Andresen,
in "O Nome das Coisas"
Este poema foi lido na sequência
da leitura de excertos de O diário de Anne Frank, momento da História da
Humanidade em que a justiça, a liberdade foi posta em causa. Obrigada pela
oportunidade da participação dos alunos em atividades do Agrupamento e dar
visibilidade ao trabalho efetuado na sala de aula. Estas atividades permitem
valorizar os alunos e dar reforços positivos, porque gostam de ver os seus
progressos reconhecidos pelos outros.
A professora Graça Amante apresentou o seu conto "O triângulo da verdade" de forma apaixonada/emotiva e
intensa...deixou o público surpreso, triste, extasiado e pensativo. Parabéns
Graça!
Infelizmente a violência
doméstica é um flagelo bastante atual e devemos todos estar atentos a estas
situações e sempre que pudermos ajudar quem mais precisa!
O triângulo da verdade - Graça Amante
"Este pequeno conto
destina-se a ti, apenas e só se considerares que não és um ser completo e que
podes descobrir muitas coisas com os outros, partilhando as tuas experiências
de vida.
Manuel era um menino com cerca de
doze anos, é estranho que seja tão novo mas o que é certo é que para mim é um
mestre, sabe coisas sobre a vida como sabem, viveu experiências de violência
doméstica e sobreviveu, assistiu a cenas e não reteve, faltou à escola vezes e
vezes sem que a mãe notasse que ele afinal ficava em casa, lê mal mas
compreende tudo, não escreve bem mas transmite todas as mensagens que pretende,
sendo criativo a ponto de usar os mais diversos tipos de
linguagem não-verbal. Emite até
sinais de fumo do castelo local, onde sabe que é rei, porque aí, ninguém o
combate. Por entre as ameias do castelo vislumbra a vila e sabe que é mestre
dela e ninguém o sabe.
Um dia encontrámo-nos lá. Eu
procurando descobrir a paisagem que já conhecia.
Ele, que nesse dia jogava com
paus o jogo da verdade.
Cumprimentei-o. Falou-me sorridente.
Depois perguntei-lhe o que fazia ali sozinho, ao que me respondeu que jogava o
jogo da verdade.
Comecei por perguntar-lhe se
sabia o que era a verdade, ao que me respondeu que pelo que aprendera na escola
derivava da palavra “ver” e depois não sabia o que era “dade”. Talvez tivesse a
ver com dado ou coisa assim!
Depois prosseguiu dizendo que me
explicaria tudo através do jogo dos paus e assim fez.
Percebi perfeitamente e por isso
guardarei para sempre esse dia na minha memória.
Tratava-se de um triângulo
escaleno, desenhado com paus. E começou a explicar…
- A verdade tem sempre três
lados- dizia-me- como um triângulo. Eu sou o lado menor, represento uma parte
da verdade, a parte dos pequenos, dos que formam um ângulo reto com o outro
lado da verdade mas que apenas a suportam, servindo por vezes de base ao triângulo.
Eu sei que o quadrado da hipotenusa é igual à soma do quadrado dos catetos, mas
o professor de matemática nem sonha que eu percebi este teorema.
Adoro Pitágoras! Sei que
perceberia o meu jogo de paus e perceberia a minha verdade.
Ora bem! Temos então o maior lado
da verdade, o lado dos que conseguem apoiar-se num ângulo reto, em dois lados,
mais pequenos, por sinal. E esse é o lado de quem? …
Experimenta a fazer força sobre o
ponto central da hipotenusa e as outras verdades destroem-se, isto é, destroem-se
os outros lados do triângulo restando apenas um lado de verdade, o maior.
Descobri isto na escola quando eu
e o meu amigo João fomos destronados pela professora. Isto é, ela tanto
pressionou o centro do seu lado de verdade que destruiu o nosso triângulo e só
restou o lado dela.
Eu ainda não tinha dito nada,
estava maravilhado com tudo o que ouvira mas agora não resisti em pedir-lhe
para que contasse a história da professora pois só assim perceberia melhor o
jogo dos paus, com um exemplo.
Manuel sorriu. É fácil! Vou-te
contar.
Partimos do meu lado de verdade,
o facto de ter desaparecido o meu lápis da minha bolsa. - Alguém o tirou- disse
eu- o lápis não desapareceria sozinho – verdade?
Mas eu era o lado menor, como
sempre fui.
A professora e toda a classe
ouviram a minha premissa, mas para eles não passava de mais uma asneira daquele
tal!
Como ninguém me ouviu, poupei
palavras e não repeti os meus sons em vão para que não se tornassem mais uma
vez vozes de burro que nunca chegam ao céu.
À noite, em casa, para fazer o
trabalho de matemática procurei outro lápis que não encontrei. E porque não
poderia escrever a caneta no livro de matemática resolvi nem sequer tentar. O
barulho era imenso! Desisti.
Voltei à escola. Não faltei à
aula de Matemática e mais uma vez me deparei com o triângulo da verdade.
Quando o professor me chamou a
pedir que mostrasse o meu trabalho respondi que não fizera porque não tinha
lápis.- “alguém mo tirou.”- disse eu. Essa era a minha verdade. Agora sim,
todos a ouviram, interpretando-a anedoticamente soltavam risadas.
Como poderiam percebê-la se se
encontravam do outro lado do triângulo e não estiveram na minha casa naquela
noite em que tantas coisas se passaram e eu era mais um lado do triângulo da
vida dos meus pais?
Fiquei em silêncio e nesse dia
senti-me um ser muito incompleto e resolvo escrever este pequeno conto.
O dia passou calmo e tranquilo e
ele continuou a subir ao castelo onde constrói triângulos de pau e onde os lápis
não são necessários para escrever as memórias da sua vida."
Graça Amante
11º C aceitou o desafio da leitura juntamente com os professores Rui R Rebocho e Clarisse Fialho.
Selecionaram quadras do poeta
popular português natural de Vila Real de Santo António.
Obrigada pelas leituras!
Obrigada à Joana Carrasqueira do 10º B por ter aceite o desafio!
Belíssima leitura do poema do
livro de Orlando Ribeiro.
Obrigada ao 9º A e à professora Rita Lino Fernandes por terem aceite o desafio.
Enhorabuena estuvieron todos muy bien!
Agradecimento especial à Fátima Martins que a meu pedido nos
cantou uma música em coreano.
Foi um momento muito muito
especial!!!
Os alunos leram em espanhol
Gabriel García Márquez
(Aracataca, Colombia 1928 -
México DF, 2014)
LA SIESTA DEL MARTES
Los funerales de la Mamá Grande
(1962)
"EL TREN SALIÓ del
trepidante corredor de rocas bermejas, penetró en las plantaciones de banano,
simétricas e interminables, y el aire se hizo húmedo y no se volvió a sentir la
brisa del mar. Una humareda sofocante entró por la ventanilla del vagón. En el
estrecho camino paralelo a la vía férrea había carretas de bueyes cargadas de
racimos verdes. Al otro lado del camino, intempestivos espacios sin sembrar,
había ventiladores eléctricos, campamentos de ladrillos rojos y residencias con
sillas y mesitas blancas en las terrazas, entre palmeras y rosales
polvorientos. Eran las once de la mañana y aún no había empezado el calor.
—Es mejor que subas el vidrio
—dijo la mujer—. El pelo se te va a llenar de carbón.
La niña trató de hacerlo pero la
persiana estaba bloqueada por óxido.
Eran los únicos pasajeros en el
escueto vagón de tercera clase. Como el humo de la locomotora siguió entrando
por la ventanilla, la niña abandonó el puesto y puso en su lugar los únicos
objetos que llevaban: una bolsa de material plástico con cosas de comer y un
ramo de flores envuelto en papel de periódicos. Se sentó en el asiento opuesto,
alejada de la ventanilla, de frente a su madre. Ambas guardaban un luto
riguroso y pobre.
La niña tenía doce años y era la
primera vez que viajaba. La mujer parecía demasiado vieja para ser su madre, a
causa de las venas azules en los párpados y del cuerpo pequeño, blando y sin
formas, en un traje cortado como una sotana. Viajaba con la columna vertebral
firmemente apoyada contra el espaldar del asiento, sosteniendo en el regazo con
ambas manos una cartera de charol desconchado. Tenía la serenidad escrupulosa
de la gente acostumbrada a la pobreza.
A las doce había empezado el
calor. El tren se detuvo diez minutos en una estación sin pueblo para
abastecerse de agua. Afuera, en el misterioso silencio de las plantaciones, la
sombra tenía un aspecto limpio. Pero el aire estancado dentro del vagón olía a
cuero sin curtir. El tren no volvió a acelerar. Se detuvo en dos pueblos iguales,
con casas de madera pintadas de colores vivos. La mujer inclinó la cabeza y se
hundió en el sopor. La niña se quitó los zapatos. Después fue a los servicios
sanitarios a poner en agua el ramo de flores muertas.
Cuando volvió al asiento la madre
la esperaba para comer. Le dio un pedazo de queso, medio bollo de maíz y una
galleta dulce, y sacó para ella de la bolsa de material plástico una ración
igual. Mientras comían, el tren atravesó muy despacio un puente de hierro y
pasó de largo por un pueblo igual a los anteriores, sólo que en éste había una
multitud en la plaza. Una banda de músicos tocaba una pieza alegre bajo el sol
aplastante. Al otro lado del pueblo, en una llanura cuarteada por la aridez,
terminaban las plantaciones.
La mujer dejó de comer.
—Ponte los zapatos —dijo.
La niña miró hacia el exterior.
No vio nada más que la llanura desierta por donde el tren empezaba a correr de
nuevo, pero metió en la bolsa el último pedazo de galleta y se puso rápidamente
los zapatos. La mujer le dio la peineta.
—Péinate —dijo.
El tren empezó a pitar mientras
la niña se peinaba. La mujer se secó el sudor del cuello y se limpió la grasa
de la cara con los dedos. Cuando la niña acabó de peinarse el tren pasó frente
a las primeras casas de un pueblo más grande pero más triste que los
anteriores.
—Si tienes ganas de hacer algo,
hazlo ahora —dijo la mujer—. Después, aunque te estés muriendo de sed no tomes
agua en ninguna parte. Sobre todo, no vayas a llorar.
La niña aprobó con la cabeza. Por
la ventanilla entraba un viento ardiente y seco, mezclado con el pito de la
locomotora y el estrépito de los viejos vagones. La mujer enrolló la bolsa con
el resto de los alimentos y la metió en la cartera. Por un instante, la imagen
total del pueblo, en el luminoso martes de agosto, resplandeció en la
ventanilla. La niña envolvió las flores en los periódicos empapados, se apartó
un poco más de la ventanilla y miró fijamente a su madre. Ella le devolvió una
expresión apacible. El tren acabó de pitar y disminuyó la marcha. Un momento
después se detuvo.
No había nadie en la estación.
Del otro lado de la calle, en la acera sombreada por los almendros, sólo estaba
abierto el salón de billar. El pueblo flotaba en el calor. La mujer y la niña
descendieron del tren, atravesaron la estación abandonada cuyas baldosas
empezaban a cuartearse por la presión de la hierba, y cruzaron la calle hasta
la acera de sombra.
Eran casi las dos. A esa hora,
agobiado por el sopor, el pueblo hacía la siesta. Los almacenes, las oficinas públicas,
la escuela municipal, se cerraban desde las once y no oían a abrirse hasta un
poco antes d e las cuatro, cuando pasaba el tren de regreso. Sólo permanecían
abiertos el hotel frente a la estación, su cantina y su salón de billar, y la
oficina del telégrafo a un lado de la plaza. Las casas, en su mayoría
construidas sobre el modelo de la compañía bananera, tenían las puertas
cerradas por dentro y las persianas bajas. En algunas hacía tanto calor que sus
habitantes almorzaban en el patio. Otros recostaban un asiento a la sombra de
los almendros y hacían la siesta en plena calle.
Buscando siempre la protección de
los almendros la mujer y la niña penetraron en el pueblo sin perturbar la
siesta. Fueron directamente a la casa cural. La mujer raspó con la uña la red
metálica de la puerta, esperó un instante y volvió a llamar. En el interior
zumbaba un ventilador eléctrico. No se oyeron los pasos. Se oyó apenas el leve
crujido de una puerta y en seguida una voz cautelosa muy cerca de la red
metálica: «¿Quién es?». La mujer trató de ver a través de la red metálica.
—Necesito al padre —dijo.
—Ahora está durmiendo.
—Es urgente —insistió la mujer.
Su voz tenía una tenacidad
reposada.
La puerta Se entreabrió sin ruido
y apareció una mujer madura y regordeta, de cutis muy pálido y cabellos color
de hierro. Los ojos parecían demasiado pequeños detrás de los gruesos cristales
de los lentes.
—Sigan —dijo, y acabó de abrir la
puerta.
Entraron, en una sala impregnada
de un viejo olor de flores. La mujer de la casa las condujo hasta un escaño de
madera y les hizo señas de que se sentaran. La niña lo hizo, pero su madre
permaneció de pie, absorta, con la cartera apretada en las dos manos. No se
percibía ningún ruido detrás del ventilador eléctrico.
La mujer de la casa apareció en la
puerta del fondo.
—Dice que vuelvan después de las
tres —dijo en voz muy baja—. Se acostó hace cinco minutos.
—El tren se va a las tres y media
—dijo la mujer.
Fue una réplica breve y segura,
pero la voz seguía siendo apacible, con muchos matices. La mujer de la casa
sonrió por primera vez.
—Bueno —dijo.
Cuando la puerta del fondo volvió
a cerrarse la mujer se sentó junto a su hija. La angosta sala de espera era
pobre, ordenada y limpia. Al otro lado de una baranda de madera que dividía la
habitación, había una mesa de trabajo, sencilla, con un tapete de hule, y
encima de la mesa una máquina de escribir primitiva junto a un vaso con flores.
Detrás estaban los archivos parroquiales. Se notaba que era un despacho
arreglado por una mujer soltera.
La puerta del fondo se abrió y
esta vez apareció el sacerdote limpiando los lentes con un pañuelo. Sólo cuando
se los puso pareció evidente que era hermano de la mujer que había abierto la
puerta.
—¿Qué se le ofrece? —preguntó.
—Las llaves del cementerio —dijo
la mujer.
La niña estaba sentada con las
flores en el regazo y los pies cruzados bajo el escaño. El sacerdote la miró,
después miró a la mujer y después, a través de la red metálica de la ventana,
el cielo brillante y sin nubes.
—Con este calor —dijo—. Han podido
esperar a que bajara el sol.
La mujer movió la cabeza en
silencio. El sacerdote pasó del otro lado de la baranda, extrajo del armario un
cuaderno forrado de hule, un plumero de palo y un tintero, y se sentó a la
mesa. El pelo que le faltaba en la cabeza le sobraba en las manos.
—¿Qué tumba van a visitar?
—preguntó.
—La de Carlos Centeno —dijo la
mujer.
—¿Quién?
—Carlos Centeno —repitió la
mujer. El padre siguió sin entender.
—Es el ladrón que mataron aquí la
semana pasada —dijo la mujer en el mismo tono—. Yo soy su madre.
El sacerdote la escrutó. Ella lo
miró fijamente, con un dominio reposado, y el padre se ruborizó. Bajó la cabeza
para escribir. A medida que llenaba la hoja pedía a la mujer los datos de su
identidad, y ella respondía sin vacilación, con detalles precisos, como si
estuviera leyendo. El padre empezó a sudar. La niña se desabotonó la trabilla
del zapato izquierdo, se descalzó el talón y lo apoyó en el contrafuerte. Hizo
lo mismo con el derecho.
Todo había empezado el lunes de
la semana anterior, a las tres de la madrugada y a pocas cuadras de allí. La
señora Rebeca, una viuda solitaria que vivía en una casa llena de cachivaches,
sintió a través del rumor de la llovizna que alguien trataba de forzar desde
afuera la puerta de la calle. Se levantó, buscó a tientas en el ropero un
revólver arcaico que nadie había disparado desde los tiempos del coronel
Aureliano Buendía, y fue a la sala sin encender las luces. Orientándose no
tanto por el ruido de la cerradura como por un terror desarrollado en ella por
28 años de soledad, localizó en la imaginación no sólo el sitio donde estaba la
puerta sino la altura exacta de la cerradura. Agarró el arma con las dos manos,
cerró los ojos y apretó el gatillo. Era la primera vez en su vida que disparaba
un revólver. Inmediatamente después de la detonación no sintió nada más que el
murmullo de la llovizna en el techo de cinc. Después percibió un golpecito
metálico en el andén de cemento y una voz muy baja, apacible, pero
terriblemente fatigada: «Ay, mi madre». El hombre que amaneció muerto frente a
la casa, con la nariz despedazada, vestía una franela a rayas de colores, un
pantalón ordinario con una soga en lugar de cinturón, y estaba descalzo. Nadie
lo conocía en el pueblo.
—De manera que se llamaba Carlos Centeno
—murmuró el padre cuando acabó de escribir.
—Centeno Ayala —dijo la mujer—.
Era el único varón.
El sacerdote volvió al armario.
Colgadas de un clavo en el, interior de la puerta había dos llaves grandes y
oxidadas, como la niña imaginaba y como imaginaba la madre cuando era niña y
como debió imaginar el propio sacerdote alguna vez que eran las llaves de San
Pedro. Las descolgó, las puso en el cuaderno abierto sobre la baranda y mostró
con el índice un lugar en la página escrita, mirando a la mujer.
—Firme aquí.
La mujer garabateó su nombre,
sosteniendo la cartera bajo la axila. La niña recogió las flores, se dirigió a
la baranda arrastrando los zapatos y observó atentamente a su madre.
El párroco suspiró.
—¿Nunca trató de hacerlo entrar
por el buen camino?
La mujer contestó cuando acabó de
firmar.
—Era un hombre muy bueno.
El sacerdote miró
alternativamente a la mujer y a la niña y comprobó con una especie de piadoso
estupor que no estaban a punto de llorar. La mujer continuó inalterable:
—Yo le decía que nunca robara
nada que le hiciera falta a alguien para comer, y él me hacía caso. En cambio,
antes, cuando boxeaba, pasaba hasta tres días en la cama postrado por los
golpes.
—Se tuvo que sacar todos los
dientes —intervino la niña.
—Así es —confirmó la mujer—. Cada
bocado que me comía en ese tiempo me sabía a los porrazos que le daban a mi
hijo los sábados a la noche.
—La voluntad de Dios es
inescrutable —dijo el padre.
Pero lo dijo sin mucha
convicción, en parte porque la experiencia lo había vuelto un poco escéptico, y
en parte por el calor. Les recomendó que se protegieran la cabeza para evitar
la insolación. Les indicó bostezando y ya casi completamente dormido, cómo
debían hacer para encontrar la tumba de Carlos Centeno. Al regreso no tenían
que tocar. Debian meter la llave por debajo de la puerta, y poner allí mismo,
si tenían, una limosna para la Iglesia. La mujer escuchó las explicaciones con
atención, pero dio las gracias sin sonreír.
Desde antes de abrir la puerta de
la calle el padre se dio cuenta de que había alguien mirando hacia adentro, las
narices aplastadas contra la red metálica. Era un grupo de niños. Cuando la
puerta se abrió por completo los niños se dispersaron. A esa hora, de
ordinario, no había nadie en la calle. Ahora no sólo estaban los niños. Había
grupos bajo los almendros. El padre examinó la calle distorsionada por la
reverberación, y entonces comprendió. Suavemente volvió a cerrar la puerta.
—Esperen un minuto —dijo, sin
mirar a la mujer.
Su hermana apareció en la puerta
del fondo, con una chaqueta negra sobre la camisa de dormir y el cabello suelto
en los hombros. Miró al padre en silencio.
—¿Qué fue? —preguntó él.
—La gente se ha dado cuenta.
—Es mejor que salgan por la
puerta del patio —dijo el padre.
—Da lo mismo —dijo su hermana—.
Todo el mundo está en las ventanas.
La mujer parecía no haber
comprendido hasta entonces. Trató de ver la calle a través de la red metálica.
Luego le quitó el ramo de flores a la niña y empezó a moverse hacia la puerta.
La niña la siguió.
—Esperen a que baje el sol —dijo
el padre.
—Se van a derretir —dijo su
hermana, inmóvil en el fondo de la sala—. Espérense y les presto una sombrilla.
—Gracias —replicó la mujer—. Así
vamos bien.
Tomó a la niña de la mano y salió
a la calle."
6ºA:
Os alunos leram do livro “Pequeno
Livro de Desmatemática” de Manuel António Pina o poema “História de uma conta
de somar” – projeto eTwinning - Prof.ª Conceição Correia/Prof.ª Paula Gaspar -
colaboradora Prof.ª Ana Isabel Carvalho.
Foi ainda feita a leitura de um
poema em moldavo pela aluna Andreia Crismari.
A lengalenga “Teresinha de Jesus”
do livro “Mais lengalengas” de Luísa Ducla Soares foi lida em português do
Brasil pelo aluno Diogo Flamínio.
Os alunos ainda cantaram e
tocaram instrumentos com a ajuda preciosa do prof. de música Ricardo Matos.
Teresinha de Jesus,
de travessa foi ao chão,
acudiram três cavalheiros,
todos de chapéu na mão.
O primeiro foi seu pai,
o segundo seu irmão.
O terceiro foi aquele
a quem ela deu a mão.
Teresinha de Jesus,
levantou-se lá do chão,
e sorrindo disse ao noivo:
eu te dou meu coração.
Confiarei nessa voz que não se
impõe,
Mas que oiço bem cá dentro,
no silêncio a segredar.
Confiarei, ainda que mil outras
vozes
Corram muito mais velozes
para me fazer parar.
E avançarei,
avançarei no meu caminho.
Agora eu sei que
Tu comigo vens também.
Aonde fores, aí estarei,
sem medo, avançarei
O Senhor é meu Pastor,
Sei que nada temerei.
Ele guia o meu andar,
Sem medo avançarei. (bis)
Confiarei, na Tua mão que não me
prende,
Mas que aceita cada passo do
caminho que eu fizer.
Confiarei, ainda que o dia
escureça.
Não há mal que me aconteça
se conTigo eu estiver.
Confiarei, por verdes prados me
levas
E em Teu olhar sossegas
a pressa do meu olhar.
Confiarei na frescura das Tuas
fontes,
Deixa a minha vida cheia,
minha taça a transbordar.
5º A
Os alunos leram poemas do livro
“Poemas para brincalhar” de João Manuel Ribeiro.
As alunas Madalena Reis e Mariana Reis cantaram com toda a turma: “Avião de
papel” de Carolina Deslandes e “Espera” de Fernando Daniel, com a incansável
ajuda do professor de música Ricardo
Matos.
6º B:
Os alunos leram “Poemas da
Verdade e da Mentira” de Luísa Ducla Soares e “Rimas Perfeitas, Imperfeitas e
mais-que-perfeitas” de Alice Vieira - Prof.ª Céu Morcela.
O aluno Ítalo Faria ainda leu em
português do Brasil os poemas ”Garota de Ipanema” de Vinícius de Moraes e Tom
Jobim, “Banho de Lua” - versão de Fred Jorge e ainda "Águas de Março"
de Tom Jobim. O professor Ricardo Matos acompanhou a leitura no seu teclado.
Estes poemas trouxeram boas
recordações aos adultos presentes no público.
Garota de Ipanema
Olha que coisa mais linda
Mais cheia de graça
é ela menina, que vem e que passa
Num doce balanço a caminho do mar
Moça do corpo dourado
Do sol de Ipanema
O seu balançado é mais que um
poema
é a coisa mais linda que já vi
passar
Ai! Como estou tão sozinho
Ai! Como tudo é tão triste
Ai! A beleza que existe
A beleza que não é só minha
E também passa sozinha
Ai! Se ela soubesse que quando
ela passa
O mundo inteirinho se enche de
graça
E fica mais lindo por causa do
amor
Só por causa do amor...
Vinicius de Moraes
Poesia Completa e Prosa
Rio de Janeiro, Editora Nova Aguilar, 1986
Banho de Lua
Fred Jorge
Tomo banho de lua
Fico branca como a neve
Se o luar é meu amigo
Censurar ninguém se atreve
É tão bom sonhar contigo
Oh! Luar tão cândido.
Sob um banho de luar
Numa noite de esplendor
Sinto a força da magia
Da magia do amor
É tão bom sonhar contigo
Oh! Luar tão cândido
Tin tin tin
Raio de lua
Tin tin tin
Bailando vem ao mundo,
Oh! Lua!
A cândida lua vem
Águas de março
Tom Jobim
É o pau, é a pedra, é o fim do
caminho
É um resto de toco, é um pouco
sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o
sol
É a noite, é a morte, é um laço,
é o anzol
É peroba no campo, é o nó da
madeira
Caingá candeia, é o
matita-pereira
É madeira de vento, tombo da
ribanceira
É o mistério profundo, é o queira
ou não queira
É o vento vetando, é o fim da
ladeira
É a viga, é o vão, festa da
ciumeira
É a chuva chovendo, é conversa
ribeira
Das águas de março, é o fim da
canseira
É o pé, é o chão, é a marcha
estradeira
Passarinho na mão, pedra de a
tiradeira
É uma ave no céu, é uma ave no
chão
É um regato, é uma fonte, é um
pedaço de pão
É o fundo do poço, é o fim do
caminho
No rosto um desgosto, é um pouco
sozinho
É um estepe, é um prego, é uma
conta, é um conto
É um pingo pingando, é uma conta,
é um ponto
É um peixe, é um gesto, é uma
prata brilhando
É a luz da manha, é o tijolo
chegando
É a lenha, é o dia, é o fim da
picada
É a garrafa de cana, o estilhaço
na estrada
É o projeto da casa, é o corpo na
cama
É o carro enguiçado, é a lama, é
a lama
É um passo, é uma ponte, é um
sapo, é uma rã
É um resto de mato na luz da
manhã
São as águas de março fechando o
verão
É a promessa de vida no teu
coração
É uma cobra, é um pau, é João, é
José
É um espinho na mão, é um corte
no pé
São as águas de março fechando o
verão
É a promessa de vida no teu
coração
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco
sozinho
É um passo, é uma ponte, é um sapo,
é uma rã
É um belo horizonte, é uma febre
terça
São as águas de março fechando o
verão
É a promessa de vida no teu
coração
6º C:
Os alunos leram adivinhas e
anedotas retiradas do livro "365 Piadas Novas" para crianças a partir
dos 7 anos - Prof.ª Isabel Correia
O aluno Luiz Soares ainda leu em
português do Brasil os poemas “ Porquinho-da- Índia”, “Tema e Variações” e
ainda "O Bicho" de Manuel Bandeira. Foi um momento bastante apreciado
pelo público
Porquinho-da-índia
Quando eu tinha seis anos
Ganhei um porquinho-da-índia.
Que dor de coração me dava
Porque o bichinho só queria estar
debaixo do fogão!
Levava ele pra sala
Pra os lugares mais bonitos mais
limpinhos
Ele não gostava:
Queria era estar debaixo do
fogão.
Não fazia caso nenhum das minhas
ternurinhas . . .
— O meu porquinho-da-índia foi a
minha primeira namorada.
TEMA E VARIAÇÕES
Sonhei ter sonhado
Que havia sonhado.
Em sonho lembrei-me
De um sonho passado:
O de ter sonhado
Que estava sonhando.
Sonhei ter sonhado...
Ter sonhado o quê?
Que havia sonhado
Estar com você.
Estar? Ter estado,
Que é tempo passado.
Um sonho presente
Um dia sonhei.
Chorei de repente,
Pois vi, despertado,
Que tinha sonhado.
O BICHO
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
Rio, 27 de dezembro de 1947
6ºD:
Os alunos leram poemas do "Pequeno Livro de Desmatemática”
de Manuel António Pina – projeto eTwinning - Prof.ª Conceição Correia/ prof.ª
Paula Gaspar – colaboradora Prof.ª Clarisse Fialho...
8ºA com leitura de entradas/excertos de O Diário de Anne Frank.
5º B
Vinheta da Treta "A Fada Oriana" em execução...
Os alunos transformam um momento
do livro "A Fada Oriana" que apreciaram numa vinheta de banda
desenhada...os resultados finais serão publicados posteriormente...
5º C:
“O Aprendiz Viajante” os alunos
cantaram acompanhados pelo teclado pelo Prof. Ricardo Matos.
Os alunos leram:
“O Rato e o Rei” – lengalenga -
“Trava-Línguas” de Luísa Costa Gomes.
"O rato roeu a rolha da
garrafa do rei da Rússia.
O raio do rato roeu a rolha da
garrafa do Rei da
Rússia. O raio do rato roeu a
rolha da garrafa de
rum do Rei da Rússia. O raio do
rato roeu a rolha
redonda da garrafa de rum do Rei
da Rússia. O
raio do rato roeu a rolha redonda
da garrafa de
rum de Roberto, o rei da Rússia.
O raio do rato
roeu raivoso a rolha redonda da
garrafa de rum
de Roberto, o rei da Rússia. O
raio do rato roeu
raivoso e rápido a rolha redonda
da garrafa
de rum de Roberto, o rei da
Rússia. O raio do rato
roeu raivoso e rápido a rolha
redonda da garrafa
de rum de Roberto, o ruidoso rei
da Rússia.
- Raio! - ralhou o rei. - Rato
repace!
- Raça! - rugiu o rato. - É rija
a rolha!"
E ainda leram do livro “Porta-te
bem”: o poema “Passear o Cão” –José Jorge Letria.
Foram também lidos poemas do
livro “Pequeno Livro de Desmatemática” de Manuel António Pina – projeto
eTwinning - Prof.ª Conceição Correia/ Prof.ª Paula Gaspar – colaboradora Prof.ª
Clarisse Fialho.
Mãe - D. Ana Leitão leu um poema dedicado a todas as mães e mais
uma vez o seu filho Ricardo do 5ºB ficou encantado com a sua participação...
muito obrigada pela sua disponibilidade e continuação de boas leituras...
O pai Zhang Xiaoping - leu um texto em chinês e a leitura em
português foi feita pela filha Eunice. Obrigada pela oportunidade de ouvirmos
ler noutra língua.
D. Isabel Renata, avó da Madalena e Mariana 5ºA... duas novas
versões das histórias "João Ratão" e "A Carochinha"
escritas em verso pela própria... muito obrigada pela sua participação...
A professora Céu Morcela e o 7º C leram em francês comptines/chansons e pediram
ao público que os acompanhassem...julgo que estiveram todos à altura do desafio
n'est-ce pas?
O professor Rui R Rebocho também aceitou o desafio da leitura e aproveitou
a oportunidade para comunicar que a rede mundial de computadores celebra o
aniversário de 30 anos nesta terça-feira (12 março 2019).
A World Wide Web (WWW), foi
criada por Tim Berners-Lee em 12 de março de 1989.
Mas a sua leitura foi dedicada ao
desporto Triatlo que pratica nos seus tempos livres. Muito obrigada pela
partilha e boas corridas Ironman!
"Triathlon é uma palavra
grega que designa um evento atlético composto por três modalidades. Atualmente,
o nome triatlo é em geral aplicado a uma combinação de natação, ciclismo e
corrida, nessa ordem e sem interrupção entre as modalidades." Wikipédia
A professora Francisca Esquível leu um poema da sua autoria...
obrigada pela partilha...é tão bom descobrirmos criatividade na escrita...
"Pedaços de papel" de Francisca Esquível
Pedaços de papel
Um pedaço de papel que se
transforma
Num bicho
Numa flor
Ao sol
Um pedaço de papel
Ondulante
Dançante
Cintilante
Côr da música
O azul, de mão dada com o magenta
Um gesto terno de amizade e
intimismo
Unidos por uma gota de água
Nasce assim o violeta
A forma é rasgada...
E não cortada
A tesoura pensa
A mão sente
Não se pode cortar aquilo que a
mão sente
Os monstros ficam belos
Como num toque de magia
Esperam lua cheia
O amarelo que ilumina
É proibido proibir
O proibido é permitido
Permitido é também sonhar
O sonho anima
Renova a alma
Eu sonho a cores
Uma galinha um sol
O olhar de um bicho
Sem olhos
Em pedaços de papel
"Eu, Malala - A minha luta pela liberdade e pelo direito à
educação" de Malala Yousafzai
O pai Luis Gomes...6ºA aceitou o desafio e com a ajuda da filha
Ana, que segurou as ilustrações, fez uma impressionante abordagem ao livro da
jovem ativista paquistanesa Malala Yousafzai, Nobel da Paz em 2014.
“Uma criança, um professor, um
livro e um lápis podem mudar o mundo.” - uma das frases inspiradoras de
Malala... aconselho vivamente a sua leitura...
SINOPSE
Plano Nacional de Leitura
Livro recomendado para o 3º
ciclo, destinado a leitura autónoma.
No dia 9 de outubro de 2012,
Malala Yousafzai, então com 15 anos, regressava a casa vinda da escola quando a
carrinha onde viajava foi mandada parar e um homem armado disparou três vezes
sobre a jovem. Nos últimos anos Malala - uma voz cada vez mais conhecida em
todo o Paquistão por lutar pelo direito à educação de todas as crianças,
especialmente das raparigas - tornou-se um alvo para os terroristas islâmicos.
Esta é a história, contada na primeira pessoa, da menina que se recusou a
baixar os braços e a deixar que os talibãs lhe ditassem a vida. É também a
história do pai que nunca desistiu de a encorajar a seguir os seus sonhos numa
sociedade que dá primazia aos homens, e de uma região dilacerada por décadas de
conflitos políticos, religiosos e tribais. Um livro que nos leva numa viagem
extraordinária e que nos inspira a acreditar no poder das palavras para mudar o
mundo.
D. Alexandrina Varela leu o poema "Era uma vez" de Manuel António Pina in "O pássaro
da cabeça"... os alunos apreciaram bastante a sua presença...ainda bem que
aceitou o desafio...
A Ana lê muito devagar,
só uma letra de cada vez.
Enquanto ela está a só uma
letrar,
a Sara letra duas ou três.
A Ana tem tempo de lá chegar.
Os pês, os tês, os bês, os mês,
não fogem se ela se demorar.
A Sara acaba e começa outra vez.
A Ana lê e põe-se a pensar
nos quês, nos porquês, nos para
quês,
e volta atrás para confirmar
porque, afinal de contas, talvez.
A Sara prefere entrar
nas palavras, nos desenhos, e
ficar.
Existir nas histórias, em vez
de ver, viver; em vez
de pensar, de pausar, de
perspicar,
ser ela a ser o que o herói fez.
Sai dos livros sem sair do lugar
e corre o mundo de lés e lés.
A Sara lê assim, a Ana mais
devagar,
e depois ficam as duas a
conversar.
A Ana conta: "Era uma
vez..."
E a Sara: "Era eu uma
vez..."
Maria Jacinta Pimpão leu o poema "A canção dos adultos" de Manuel António Pina in "O
pássaro da cabeça"... muito obrigada pela leitura...os alunos ficaram
entusiasmados... é sempre um grande incentivo para eles ouvir os adultos
"conhecidos" a ler...
"A canção dos adultos"
de Manuel António Pina
Parece que crescemos mas não.
Somos sempre do mesmo tamanho.
as coisas que à volta estão
é que mudam de tamanho.
Parece que crescemos mas não
crescemos.
São as coisas grandes que há,
o amor que há, a alegria que há,
que estão a ficar mais pequenos.
Ficam de nós distantes
que às vezes já mal os vemos.
Por isso parece que crescemos
e que somos maiores que dantes.
Mas somos sempre como dantes.
Talvez até mais pequenos
quando o amor e o resto estão tão
distantes
que nem vemos com estão
distantes.
Então julgamos que somos grandes.
e já nem isso compreendemos.
D. Maria Romão aceitou o desafio e leu um poema do livro
recentemente editado pela sua irmã...
A professora Maria Madalena Silva - DT 5ºB leu expressivamente o
poema "Meninos de todas as Cores" de Luísa Ducla Soares...
Era uma vez um menino branco
chamado Miguel, que vivia numa terra de meninos brancos e dizia:
É bom ser branco
porque é branco o açúcar, tão
doce,
porque é branco o leite, tão
saboroso,
porque é branca a neve, tão
linda.
Mas certo dia o menino partiu
numa grande viagem e chegou a uma terra onde todos os meninos eram amarelos.
Arranjou uma amiga chamada Flor de Lótus, que, como todos os meninos amarelos,
dizia:
É bom ser amarelo
porque é amarelo o Sol
e amarelo o girassol
mais a areia da praia.
O menino branco meteu-se num
barco para continuar a sua viagem e parou numa terra onde todos os meninos são
pretos. Fez-se amigo de um pequeno caçador chamado Lumumba que, como os outros
meninos pretos, dizia:
É bom ser preto
como a noite
preto como as azeitonas
preto como as estradas que nos
levam para
toda a parte.
O menino branco entrou depois num
avião, que só parou numa terra onde todos os meninos são vermelhos.
Escolheu para brincar aos índios
um menino chamado Pena de Águia. E o menino vermelho dizia:
É bom ser vermelho
da cor das fogueiras
da cor das cerejas
e da cor do sangue bem encarnado.
O menino branco foi correndo
mundo até uma terra onde todos os meninos são castanhos. Aí fazia corridas de
camelo com um menino chamado Ali-Babá, que dizia:
É bom ser castanho
como a terra do chão
os troncos das árvores
é tão bom ser castanho como um
chocolate.
Quando o menino voltou à sua
terra de meninos brancos, dizia:
É bom ser branco como o açúcar
amarelo como o Sol
preto como as estradas
vermelho como as fogueiras
castanho da cor do chocolate.
Enquanto, na escola, os meninos
brancos pintavam em folhas brancas desenhos de meninos brancos, ele fazia
grandes rodas com meninos sorridentes de todas as cores.
Agradecimento especial à Família Fortes por terem aceite o
desafio...sabia que seriam momentos especiais e foram...“porque o gosto pela
leitura não se obriga, partilha-se!”
Ângela Fortes Inês Pequito Sílvia
Fortes Margarida e Rita...
Leitura do poema "Brinquedo" de Miguel Torga pela mãe Sílvia
Fortes, acompanhada pelo violino pela sua filha Rita - 5º B e pelas tias Ângela
Fortes e Inês Pequito...muito interessante/cativante este momento literário...
"Brinquedo" de Miguel Torga
Foi um sonho que eu tive:
Era uma grande estrela de papel
Um cordel
E um menino de bibe.
O menino tinha lançado a estrela
Com ar de quem semeia uma ilusão;
E a estrela ia subindo, azul e
amarela,
Presa pelo cordel à sua mão.
Mas tão alto subiu
Que deixou de ser estrela de
papel.
E o menino, ao vê-la assim,
sorriu
E cortou-lhe o cordel.
Miguel Torga, Diário I, 1941
Margarida Pequito 11ºA... muito obrigada pela tua interpretação...
Ser Poeta
Ser poeta é ser mais alto, é ser
maior
Do que os homens! Morder como
quem beija!
É ser mendigo e dar como quem
seja
Rei do Reino de Aquém e de Além
Dor!
É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que
flameja,
É ter garras e asas de condor!
É ter fome, é ter sede de
Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e
cetim…
É condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim, perdidamente…
É seres alma e sangue e vida em
mim
E dizê-lo cantando a toda a
gente!
(Florbela Espanca, «Charneca em Flor», in «P
Telma Sofia 11ºA
Poema "Presságio" de Fernando Pessoa
O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente...
Cala: parece esquecer...
Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
P'ra saber que a estão a amar!
Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!
Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar...
Guilherme Mota e José Baldeira... leitura de poemas originais...
11ºA...
Ler Alberto Caeiro...
Alberto Caeiro foi, como admitiu
muitas vezes Fernando Pessoa, um dos seus heterónimos que mais gostava e
admirava. Foi criado quando um dia Fernando Pessoa se lembrou de fazer uma
partida ao seu confidente, o escritor Mário de Sá-Carneiro, mandando-lhe um
poema e dizendo que era de
um suposto amigo seu. Quando
finalmente pôs a descoberto a mentira disse-lhe por carta: “Quis inventar um
poeta bucólico, de espécie complicada, e apresentar-lho, já me não lembro como,
em qualquer espécie de realidade. Levei uns dias a elaborar o poeta mas nada
consegui. Num dia em que finalmente desistira — foi em 8 de Março de 1914 —
aproximei-me de uma cómoda alta, e, tomando um papel, comecei a escrever, de
pé, como escrevo sempre que posso. E escrevi trinta e tantos poemas a fio, numa
espécie de êxtase cuja natureza não conseguirei definir. Foi o dia mais
triunfal da minha vida, e nunca poderei ter outro assim. Abri com um título, “O
Guardador de Rebanhos”. E o que se seguiu foi o aparecimento de alguém em mim,
a quem dei desde logo o nome de Alberto Caeiro. Desculpa-me o absurdo da frase:
“aparecera em mim o meu mestre” mas foi essa a sensação imediata que tive.”
Professora Lourdes Inglês - Diretora do Agrupamento de Escolas de
Arraiolos
Leitura de um excerto “A cidade e as serras” de Eça de Queirós...
CAPÍTULO I
O meu amigo Jacinto nasceu num
palácio, com cento e nove contos de renda em terras de semeadura, de vinhedo,
de cortiça e de olival. No Alentejo, pela Estremadura, através das duas Beiras,
densas sebes ondulando por colina e vale, muros altos de boa pedra, ribeiras,
estradas, delimitavam os campos desta velha família agrícola que já entulhava o
grão
e plantava cepa em tempos de
el-rei D. Dinis. A sua quinta e casa senhorial de Tormes, no Baixo Douro,
cobriam uma serra. Entre o Tua e o Tinhela, por cinco fartas léguas, todo o
torrão lhe pagava foro. E cerrados pinheirais seus negrejavam desde Arga até ao
mar de Âncora. Mas o palácio onde Jacinto nascera, e onde sempre habitara, era
em Paris, nos Campos Elísios, nº 202.
Seu avô, aquele gordíssimo e
riquíssimo Jacinto a quem chamavam em Lisboa o «D. Galião», descendo uma tarde
pela Travessa da Trabuqueta, rente de um muro de quintal que uma parreira
toldava, escorregou numa casca de laranja e desabou no lajedo. Da portinha da
horta saía nesse
momento um homem moreno,
escanhoado, de grosso casaco de baetão verde e botas altas de picador, que,
galhofando e com uma força fácil, levantou o enorme Jacinto - até lhe apanhou a
bengala de castão de ouro que rolara para o lixo. Depois, demorando nele os
olhos pestanudos e pretos:
- Oh Jacinto «Galião», que andas
tu aqui, a estas horas, a rebolar pelas pedras? E Jacinto, aturdido e
deslumbrado, reconheceu o Senhor Infante D. Miguel! Desde essa tarde amou
aquele bom Infante como nunca amara,
apesar de tão guloso, o seu
ventre, e apesar de tão devoto o seu Deus! Na sala nobre da sua casa (à
Pampulha) pendurou sobre os damascos o retrato do «seu Salvador», enfeitado de
palmitos como um retábulo, e por baixo a bengala que as magnânimas mãos reais
tinham erguido do lixo.
Enquanto o adorável, desejado
Infante penou no desterro de Viena, o barrigudo senhor corria, sacudido na sua
sege amarela, do botequim do Zé Maria em Belém à botica do Plácido nos
Algibebes, a gemer as saudades do «anjinho», a tramar o regresso do «anjinho».
No dia, entre todos
bendito, em que a Pérola apareceu
à barra com o Messias, engrinaldou a Pampulha, ergueu no Caneiro um monumento
de papelão e lona onde D. Miguel, tornado S. Miguel, branco, de auréola e asas
de Arcanjo, furava de cima do seu corcel de Alter o Dragão do Liberalismo, que
se estorcia vomitando a Carta. Durante a guerra com o «outro, com o
pedreiro-livre»
mandava recoveiros a Santo Tirso,
a S. Gens, levar ao Rei fiambres, caixas de doce, garrafas do seu vinho de
Tarrafal, e bolsas de retrós atochadas de peças que ele ensaboava para lhes
avivar o ouro. E quando soube que o Sr. D. Miguel, com dois velhos baús
amarrados sobre um macho, tomara o
caminho de Sines e do final
desterro - Jacinto «Galião» correu pela casa, fechou todas as janelas como num
luto, berrando furiosamente:
- Também cá não fico! Também cá
não fico! Não, não queria ficar na terra perversa de onde partia, esbulhado e
escorraçado, aquele Rei de Portugal que levantava na rua os Jacintos! Embarcou
para França com a mulher, a D. Angelina Fafes (da tão falada casa dos Fafes da
Avelã); com o filho, o Cintinho, menino amarelinho, coberto de caroços e
leicenços; com a aia e com o moleque. Nas costas da Cantábria o paquete
encontrou tão rijos mares que a D. Angelina, esguedelhada, de joelhos na
enxerga do beliche, prometeu ao Senhor dos Passos de Alcântara uma coroa de
espinhos, de ouro, com as gotas de sangue em rubis do Pegu. Em Baiona, onde
arribaram, Cintinho teve icterícia. Na estrada de Orleães, numa noite agreste,
o eixo da berlinda em que jornadeavam partiu, e o nédio senhor, a delicada
senhora da casa da Avelã, o menino, marcharam três horas na chuva e na lama do
exílio até uma aldeia, onde, depois de baterem como mendigos a portas mudas,
dormiram nos bancos de uma taberna. No «Hotel dos Santos Padres», em Paris,
sofreram os terrores de um fogo que rebentara na cavalariça, sob o quarto de
«D. Galião», e o digno fidalgo, rebolando pelas escadas em camisa, até ao
pátio, enterrou o pé nu numa lasca de vidro. Então ergueu amargamente ao céu o
punho cabeludo, e rugiu:
- Irra! É de mais!"
Sinopse:
A história de Jacinto, um
indivíduo de posição social elevada e extremamente rico que, apesar de rodeado
por todo o conforto que o dinheiro pode comprar, vivia uma vida monótona e sem
sentido. Decide então mudar-se para a sua propriedade rural de Tormes, na serra
portuguesa, encontrando aí o equilíbrio e a felicidade.
A oposição da cidade ao campo, a
discussão entre a modernidade e o tradicional são temas aprofundados neste
romance.
... outra proposta de leitura à
vista: "A Vida Mágica da Sementinha" de Alves Redol, as turmas de 5º
ano irão apreciar bastante...
E como na Semana da Leitura as
causas também são importantes, os alunos do 5ºB prepararam uma surpresa à
professora Paula Gaspar... entregaram um garrafão + uma garrafa de 1,5 L cheios
de tampas de plástico, a serem entregues à Associação de Surdos de Évora...
A recolha das mesmas tem servido
para consciencializar que as tampas podem ajudar outros, bem como manter o
espaço escolar limpo.
Por isso se as restantes turmas
do Agrupamento quiserem aderir a esta causa, o 5ºB terá todo o prazer em
receber tampas de plástico...
Se beber água na escola antes de
deitar a embalagem na reciclagem guarde a tampa...
O professor Luís Serra sempre disposto a participar leu os poemas:
Amalia Bautista
Ao Fim
Ao fim são muito poucas as
palavras
que nos doem a sério e muito
poucas
as que conseguem alegrar a alma.
São também muito poucas as
pessoas
que tocam nosso coração e menos
ainda as que o tocam muito tempo.
E ao fim são pouquíssimas as
coisas
que em nossa vida a sério nos
importam:
poder amar alguém, sermos amados
e não morrer depois dos nossos
filhos.
Trad.: Joaquim Manuel Magalhães
Alberto Caeiro
Criança desconhecida e suja
brincando à minha porta
Criança desconhecida e suja
brincando à minha porta,
Não te pergunto se me trazes um
recado dos símbolos.
Acho-te graça por nunca te ter
visto antes,
E naturalmente se pudesses estar
limpa eras outra criança,
Nem aqui vinhas.
Brinca na poeira, brinca!
Aprecio a tua presença só com os
olhos.
Vale mais a pena ver uma coisa
sempre pela primeira vez que conhecê-la,
Porque conhecer é como nunca ter
visto pela primeira vez,
E nunca ter visto pela primeira
vez é só ter ouvido contar.
O modo como esta criança está
suja é diferente do modo como as outras estão sujas.
Brinca! Pegando numa pedra que te
cabe na mão,
Sabes que te cabe na mão.
Qual é a filosofia que chega a
uma certeza maior?
Nenhuma, e nenhuma pode vir
brincar nunca à minha porta.
Resposta à oferta do livro de receitas da avó à professora Carla Vieira
Obrigada pelo livrinho
De "Cozinhar a Rimar".
Uma leitura divertida
Com receitas a provar.
Fica esta brincadeira
Em verso, está bom de ver...
Uma boa maneira
De o livro agradecer!
Foi
também um bom bocado.
Por
isso e tudo o mais
Deixo
o meu muito obrigado!
13 de março
Leitura de travas línguas em
inglês – 5º e 6º anos. Professora Isabel Correia
5º A - prof.ª Carla Vieira + 10º A - prof.ª Paula Sande - alunos das
Comunidades de Leitores – Biblioteca Escolar
Alguns alunos do 10º A leram episódios da vida em prosa e em verso
de diversos autores aos alunos do 5º A.
Depois os alunos do 5º A leram
alguns textos propostos pelos colegas do 10º A.
A seguir formaram-se grupos de
trabalho e todos os alunos do 10º A ajudaram os alunos do 5º A a construírem
textos autobiográficos...
Os resultados finais ainda irão
demorar algum tempo a serem publicados...
14th March 2019
6th A...
Reading in English...
Funny short poems by Kenn Nesbitt
and some famous short poems for children...
#READING #KENNNESBITT #POEMS #CHILDREN
14 de março de 2019
6th A...
Lendo em inglês...
Poemas curtos engraçados de kenn
nesbitt e alguns famosos poemas curtos para crianças...
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