quinta-feira, 29 de outubro de 2020
quarta-feira, 28 de outubro de 2020
segunda-feira, 26 de outubro de 2020
quinta-feira, 22 de outubro de 2020
Formação de utilizadores 5ºA e 5ºC - MIBE
quarta-feira, 21 de outubro de 2020
terça-feira, 20 de outubro de 2020
segunda-feira, 19 de outubro de 2020
quinta-feira, 15 de outubro de 2020
Intervalo Literário - 15-10-2020 - MIBE
CAÇADA Olhos oblíquos de bochímane em mirada de través baque no peito corrida ziguezag estertor e trás! (três dias nos capins pela extenuação) pega a presa nos cornos põe nas costas leva embora então João leu Rui Boeti na biblioteca Dordio Gomes.
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quarta-feira, 14 de outubro de 2020
18 de Outubro - Dia Europeu de Combate ao Tráfico de Seres Humanos
18 de Outubro - Dia Europeu de Combate ao Tráfico de Seres Humanos
18 de Outubro - Dia Europeu de Combate ao Tráfico de Seres Humanos
Desde o início da sua intervenção e até ao final do ano de 2019, a EME TSH Alentejo prestou apoio a cerca de 172 vítimas de Tráfico de Seres Humanos, a mais grave violação de direitos humanos. Em Portugal há várias pessoas que são vítimas deste crime e que são exploradas sexualmente, forçadas a trabalhar ou a mendigar nas ruas, bem como bebés e crianças que são vendidos para adoções ilegais.
A APF gere 5 Equipas Multidisciplinares Especializadas de Assistência a Vítimas de Tráfico de Seres Humanos, com cobertura a nível nacional e 2 Centros de Acolhimento e Proteção a estas vítimas, um para mulheres e filhos menores e outro para homens e filhos menores.
As EME’s têm assumido um papel essencial na prevenção deste fenómeno, na formação de públicos estratégicos para a sinalização de situações de vitimação e no apoio, proteção e (re)integração a estas vítimas.
A linha de apoio para estas situações está disponível 24h. Fale connosco. Denuncie!
quinta-feira, 8 de outubro de 2020
Louise Glück, Nobel da Literatura 2020
Louise Glück, Nobel da Literatura 2020
Paisagem/3.
Nos fins do outono uma rapariga deitou fogo
a um trigal. O outono
fora muito seco; o campo
ardeu como palha.
Depois não sobrou nada.
Se o atravessávamos, não víamos nada.
Nada havia para colher, para cheirar.
Os cavalos não compreendem –
Onde está o campo, parecem dizer.
Como tu ou eu a perguntar
onde está a nossa casa.
Ninguém sabe responder-lhes.
Não sobra nada;
resta-nos esperar, a bem do lavrador,
que o seguro pague.
É como perder um ano de vida.
Em que perderias um ano da tua vida?
Mais tarde regressas ao velho lugar –
só restam cinzas: negrume e vazio.
Pensas: como pude viver aqui?
Mas na altura era diferente,
mesmo no último verão. A terra agia
como se nada de mal pudesse acontecer-lhe.
Um único fósforo foi quanto bastou.
Mas no momento certo – teve de ser no momento certo.
O campo crestado, seco –
a morte já a postos
por assim dizer.
(Terceira parte do poema Paisagem, que integra o livro Averno, 2006.
Tradução de Rui Pires Cabral, publicada em 2009 no n.º 12 da revista Telhados de Vidro,
editada pela Averno)
Um poema de Louise Glück
April
No one"s despair is like my despair-
You have no place in this garden
thinking such things, producing
the tiresome outward signs; the man
pointedly weeding an entire forest,
the woman limping, refusing to change clothes
or wash her hair.
Do you suppose I care
if you speak to one another?
But I mean you to know
I expected better of two creatures
who were given minds: if not
that you would actually care for each other
at least that you would understand
grief is distributed
between you, among all your kind, for me
to know you, as deep blue
marks the wild scilla, white
the wood violet.
The Night Migrations
Louise Glück - 1943-
This is the moment when you see again
the red berries of the mountain ash
and in the dark sky
the birds' night migrations.
It grieves me to think
the dead won't see them—
these things we depend on,
they disappear.
What will the soul do for solace then?
I tell myself maybe it won't need
these pleasures anymore;
maybe just not being is simply enough,
hard as that is to imagine.
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quarta-feira, 7 de outubro de 2020
Hora do conto no 1º ciclo - 6 e 7 de outubro - MIBE
domingo, 4 de outubro de 2020
quinta-feira, 1 de outubro de 2020
1 de outubro - Intervalo Literário MIBE
Intervalo Literário -1º ciclo ( 3ºano)
POEMA PIAL
Casa Branca — Barreiro a Moita (Silêncio ou estação, à
escolha do freguês)
Toda a gente que tem as mãos frias
Deve metê-las dentro das pias.
Pia número UM,
Para quem mexe as orelhas em jejum.
Pia número DOIS,
Para quem bebe bifes de bois.
Pia número TRÊS,
Para quem espirra só meia vez.
Pia número QUATRO,
Para quem manda as ventas ao teatro.
Pia número CINCO,
Para quem come a chave do trinco.
Pia número SEIS,
Para quem se penteia com bolos-reis.
Pia número SETE,
Para quem canta até que o telhado se derrete.
Pia número OITO,
Para quem parte nozes quando é afoito.
Pia número NOVE,
Para quem se parece com uma couve.
Pia número DEZ,
Para quem cola selos nas unhas dos pés.
E, como as mãos já não estão frias,
Tampa nas pias!
Fernando Pessoa